terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O corpo, a mente e o espírito

Hoje de manhã não consegui me levantar da cama.
Acordei com o doce toque do meu celular. Escolhi um bem suave, pra não sair da cama tropeçando nas coisas, desesperada. Aquela música calma me acordou, e fiquei feliz porque tinha conseguido acordar as 6:30 da manhã.
Mas ao tentar me levantar meu corpo não me obedeceu. Era como se minha alma só estivesse levantando, meu corpo todo dolorido não quis me atender.
Isso já tinha acontecido durante uma gripe que tive ano passado. Achei que era fraqueza muscular, pois tinha ido andar de bicicleta ontem, depois de muito tempo.
Mas algo estava errado.
Cansada de tentar me mover, fechei meus olhos com medo. Dormi de novo. Acordei horas depois, sem saber que horas eram de fato, suada e tremula.
Por que? Por que aconteciam essas coisas?
Fui me recordando de várias vezes que, no ano passado, isso aconteceu e eu não me lembrava. Em dias estressantes. Em dias não tão estressantes. Em dias que mal tive tempo para comer. Dias que dormi pouco.
Meu organismo, naquele momento, me avisava de algo que eu já suspeitava.
Quantas vezes, por algo que faz parte de nosso trabalho, deixamos as nossas necessidades mais essenciais de lado? Sabemos que precisamos nos alimentar bem, dormir bem, fazer algum exercicio, tanto pelo corpo quanto pela mente. Mas deixamos de lado. Porque custa caro, por não ter tempo, por ter outras prioridades no trabalho e não queremos perder tempo.
Aí vem nosso corpo e avisa: chega! E vem gripes, paralisias, caimbras, enxaquecas. Ele ainda está sendo gentil, te avisando. Poderia simplesmente te dar um tumor no cérebro de presente.
Se nosso corpo, que é nossa casa, reclama, imagino que dizem os de fora. Parentes, amigos. Nossas listas de coisas legais a fazer, paradas. Aprender italiano, pintar um quadro, fazer rapel. Estudar outras coisas, conhecer o Bosque Alemão. Se tem alguma coisa que você quer fazer e ainda não fez, pode colocar aqui.
Para manter meu corpo, minha alma e meu espírito conectados, mente sã em corpo são, não basta amar meu trabalho, e esquecer o resto. Preciso de disciplina. Ajeitar as coisas ao ponto de saber que tenho que ler um artigo cientifico por dia, mesmo no sabado ou domingo, mas também fazer aquele lenço prometido pra Camila, ou bordar as toalhinhas de nene que a Sulene me pediu, ou fazer aquela máscara de cabelo caprichada, ou ir de bike visitar alguém.
No mestrado, eu brinco que o "mestrado é uma vida". Passa a ser nossa vida, porque a gente só pensa e fala dele. É normal. Mas vejo que tem limites. Eu não respeitei estes limites, e meu corpo e minha mente reclamaram.
Toda ciencia exige esforços. Quem já leu histórias de cientistas celebres sabe que eles praticamente não faziam outra coisa. Mas eles tinham seu lado B: eram esposas, maridos, pais, irmãos, amigos de alguém. Humanos, afinal. Tinham seus afazeres fora de tudo aquilo. Mas a impressão que temos, sempre ao se comparar com eles, é que não estamos fazendo o suficiente. Vamos ao limite. Ultrapassamos o limite. Mas sempre estamos atrás. Nunca somos como eles.
Mas não precisamos ser como eles. Podemos traçar metas para nossas coisas, sem comparar com ninguém. Um monte de gente faz coisas notórias todos os dias, e nem percebemos! Já se pegou perguntando quem inventou aquele "objeto/troço/negócio" genial? Mas você não tem como saber. Esse cara pode ter ficado horas fazendo as coisas, mas você não vai saber. Mas ele fez o que queria, e deve ter ficado feliz. Por que não fazer isso também?
Hoje vou tirar o dia para me organizar. Várias empresas tem um dia útil da semana pra isso. Mestrado não é empresa, mas exige como uma, e portanto vou me dar a esse luxo. Sem isso, nenhum trabalho vai sair.
Não quero ficar olhando o teto de novo!
Faça isso por você também: tire uma tarde e liste TUDO que você precisa ou quer fazer. E faça.
Eu vou fazer. PRECISO FAZER! Porque a vida é minha, esse corpo é meu, esse espirito e essa alma são meus. Tenho que cuidar deles.
Beijos e até breve!

5 comentários:

  1. LINDA!

    Demais!... as vezes é mesmo importante alguém dizer essas coisas pra nós.. e o seu corpo disse a você e disse pro mundo!.. Parabéns!..
    e não acho que seja " se dar ao luxo de:".. é uma necessidade e não um luxo... é tão necessário quanto trabalhar... é VIVER.. e o trabalho é que faz parte da vida e não o contrário!..
    Beijos
    Tata

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  2. Eita, garota!

    Perfeito o seu texto!
    Cuidar do corpo, cuidar da mente, cuidar da vida!
    Afinal, ela é uma dádiva.
    Diz o sábio de Provérbios que "o trabalho dignifica o homem". Mas, sem o homem, não há dignidade a se colher com o trabalho.
    Ele também diz "o muito conhecer torna-se enfado da carne". O equilíbrio da vida entre a busca do saber e o simplesmente "ser" é o que realmente te leva a saber viver.

    É o que interessa.
    Deus te abençoe!

    Beijão!

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  3. É verdade, td tem limite e só qdo conheci o meu terminei o mestrado!
    A gente tem de pensar q a vida é mto mais que isso e aprender essa lição, mesmo que doa...
    Nossa vida, nossos bem maiores (seu corpo, amigos, família,..) valem mtoooo mais que isso. E realmente, repito, acho que só entreguei minha dissertação qodo cheguei ao limite e descobri que seria mais feliz sendo catadora de lixo na rua e com os meus bens maiores que perdendo eles por um trabalho bom.
    Acho que no fundo mta gente faz isso pensando que em um momento vai valer a pena pois esse esforço vai vltar em forma de mais tempo com os amigos, família, consigo mesmo... Mais coisas boas e lazer...
    Mas, acho que isso só acontece qdo a pessoa tem a conciencia do que vale de verdade na vida e de qual a medida pra não passar do limite, a hora de ser feliz...
    EU AMO O QUE FAÇO e hoje estou mtoooo FELIZ pois terminei essa etapa e acho que descobri o qto ela vale na minha vida. Agora com o propósito e limites em mente, quero continuar! =)
    Força e auto-conhecimento, amiga.
    Viva cada segundo e seja FELIZ.
    Bjão

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  4. Muito boas palavras, amiga!
    Aqui não é muito diferente; às vezes noto que estou até de mau-humor, e aí caio em mim que é porque não comi direito. Vê se pode? Parece piada mas é verdade. Então isso acaba afetando não só o físico mas o psicológico também. E no fim das contas pode acabar comprometendo o rendimento - ou seja, aquilo pelo qual a gente está se matando. Hehehe.
    Assim embaixo das tuas colocações.

    Agora, deixa eu te dizer que não resisti e tive que te imaginar "levantando da cama desesperada e tropeçando em tudo", hahahaha
    Beijo!

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  5. Vi, segue comentário sobre "mente sã em corpo são". estive nuam formatura neste final de semana onde a escola valoriza este lema e uma das formandas foi homenageada. Achei dez!!

    O significado das doenças!!!
    Segundo a psicóloga Americana Louise L. Hay, todas as doenças que temos são
    criadas por nós. Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que
    acontece no nosso organismo.

    Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão, diz a psicóloga Americana
    Louise L. Hay.
    Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.
    Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais.
    Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde
    não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.
    A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis
    causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar
    evitá-las:

    DOENÇAS/CAUSAS:

    AMIDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
    ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
    APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
    ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
    ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
    ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
    BRONQUITE: Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.
    CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
    COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
    DERRAME: Resistência. Rejeição à vida.
    DIABETES: Tristeza profunda.
    DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.
    DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de auto-valorização.
    DOR NOS JOELHOS: medo de recomeçar, medo de seguir em frente. Pessoas que
    procuram se apoiar nos outros.
    ENXAQUECA: Raiva reprimida.. Pessoa perfeccionista.
    FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro(a).
    FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.
    GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
    HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
    HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
    INSÔNIA: Medo, culpa.
    LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
    MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.
    NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.
    PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
    PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
    PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
    PRESSÃO BAIXA: Falta de amor quando criança. Derrotismo.
    PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
    PULMÕES: Medo de absorver a vida.
    QUISTOS: Alimentar mágoa.. Falsa evolução.
    RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
    REUMATISMO: Sentir-se vitima.. Falta de amor. Amargura.
    RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
    RINS: medo da crítica, do fracasso, desapontamento.
    SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
    TIREÓIDE: Humilhação.
    TUMORES: Alimentar mágoas.. Acumular remorsos.
    ÚLCERAS: Medo.. Crença de não ser bom o bastante.
    VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

    Curioso não?

    Por isso vamos tomar cuidado com os nossos sentimentos. .. Principalmente
    daqueles, que escondemos de nós mesmos.

    Quem esconde os sentimentos, retarda o crescimento da Alma'.

    Remédios indicados: Auto-estima, Perdão, Amor


    'De todos os homens que conheço o mais sensato é o meu alfaiate.
    Cada vez que vou a ele, toma novamente as minhas medidas.
    Quanto aos outros, tomam a medida apenas uma vez e pensam que seu julgamento é
    sempre do meu tamanho'
    George Bernard Shaw

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