segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tecnologia, filosofia, democracia, e cia...

Oi!

Tudo bem? Curtiu seu fim de semana?
Eu, Graças a Deus, não escutei o vizinho tocando o tecno brega!!! Todos comemoram comigo! hehehe

Bom, estava a fuçar a net procurando temas interessantes, e nisso me passaram um vídeo sobre Mídias Sociais.
Vamos a definição: Mídias Sociais são o uso do meio eletrônico para interação entre pessoas. 
E bota interação nisso! Hoje temos muiiiitas redes sociais: Orkut, Facebook, Twitter, LinkedIn, My Space, blogs, Tumblr, Flickr e tantas outras! Caramba!
Um coisa interessante neste vídeo foi mostrar que a nova geração acha que vampiros estudam no Ensino Médio, 1 em cada 5 encontros são marcados via internet, os estudantes hoje não pesquisam mais na Barsa mas sim assitem vídeos sobre as aulas, pessoas com boas idéias ganham fortunas em questão de dias na net e o seu vídeo de garagem pode te tornar famoso (né Justin Bieber?).
Hoje, as notícias correm em tempo acelerado. Agora todos podem produzir e receber informações através da maior rede de comunicação do planeta: a Internet. Terremotos e tsunamis ficamos sabendo em minutos. Golpes de estado, nascimento de filhos de famosos, como fazer um brownie, tudo lá!
Legal né?
Pois eu fiquei assustadíssima!!
Sou da geração que viu a tecnologia de computadores começar a ficar popular. Vimos os primeiros computadores, mexemos no MS-DOS! Eles não tinham cores! Depois veio os windows, as impressoras matriciais (ahn? olhe aqui), os disketes!!! Diskete que nem se usa mais, que a minha irmã nem sabe o que é! Computadores de mesa pesados, sem memória alguma! Hoje temos notebooks, netbooks, baratos a todos os bolsos!
Será?
A Internet veio como uma bomba. Salas de bate-papo, podíamos conversar com gente do Brasil todo! Mas por que só do Brasil? Vamos falar com o mundo inteiro!
Vamos colocar vídeos na net? Vamos participar de fóruns e comunidades? Fazer downloads? Mandar torpedos? Uhuuuuuuu
Será?
Eu via este vídeo com profunda tristeza. Pensava comigo que, enquanto uma geração se conhece e fica amiga pelo computador, não conhece nem fala com seu vizinho...ou com aquele colega de classe que está só.
Pensava que enquanto as notícias correm o mundo, alguns nem TV em casa tem, nem energia elétrica, nem saúde ou escola. Nem sabem o que é You tube.
Enquanto alguns fazem vídeos legais e os compartilham, pessoas de mau caráter filmam crianças e mulheres e colocam o abuso sexual na internet.
Pensava que enquanto as barreiras caem ao falarmos com o mundo todo, estamos cada vez mais isolados, frustrados por não termos mais aquilo que queremos, que era tanto e agora é o mundo todo. Fora de alcance.
Que viagens de mochila era coisa de corajosos aventureiros, e hoje viagens são desprezadas, afinal posso conhecer o mundo todo pelo Google Street View.
Posso ofender uma pessoa que não conheço e não responder por isso pois sou um Anonimo.
Posso passar a tarde pesquisando coisas sobre natureza, e não ir até um parque respirar ar puro e ver arvores de perto!
De repente precisamos de celulares, ipads, e tantas outras tecnologias. E os moradores de rua precisam de abrigo, comida, carinho, educação.
Pensava nas agressões combinadas pelo orkut, nas dietas anoréxicas debatidas em fóruns, em torpedos combinando estupros, em homens e mulheres clonando cartões e forjando dados bancários.
Livros fora de alcance de muitas crianças, enquanto a minha opinião chega até vocês através deste blog.
O que o futuro nos reserva?
Não sei...e tenho um pouco de medo misturado a esperança...Tomara que dê certo! Será que estou sendo descrente demais?
Beijos e até breve!
Ah o vídeo tá aqui


quarta-feira, 6 de julho de 2011

O piriguetismo

Olá!

Tudo bem?
Este fim de semana estava eu curtindo de novo um clássico da literatura romântica brasileira. Senhora, de José de Alencar, foi e é considerado por críticos um dos melhores livros deste gênero literário no Brasil.
E eis que eu estava me deleitando com o livro, quando meu vizinho (um cara de muitos porres e pouca inteligência, pelo jeito) resolve tocar em alto e bom som um "crássico" da música pop atual: um tecno brega.
A letra me deixou enojada, e eu nem gosto de lembrar, porque estas pragas grudam que nem chiclete na cabeça. Mas o trecho central dizia:

Você é uma p... desgramada
E eu um corno assumido
Mas gosto de piriguete
E por isso te amo
WTH???
Bom, passados os dias me deparei com um blog de uma garota que faz um jeito mais, digamos, sexy, de se vestir. Há quem aplauda, há quem não goste, há quem critique. Mas uma coisa me chamou a atenção: ela falou que conhece muita menina com saias pelos joelhos que são verdadeiras biscas, enquanto as que se vestem mais liberal nem sempre são garotas liberais. Em resumos, era um ode ao piriguetismo (palavras dela!).
Faz sentido. No entanto, notei que ao defender seu ponto de vista, ela fechou-se para a discussão. Não quer ouvir pontos contra porque gosta de como é. E isso é bom, e ruim.
Bom porque ela sabe se posicionar. Gosta de si como é e acabou. Mas a opinião dos outros pode ser diferente, e ela vai ter de aprender com isso também.
Enquanto lia meu José de Alencar amado, via como mudaram a definição de mulher. Antes, era a mulher "de talhe esbelto, curvas a se destacar pela fina cambraia, um olhar tímido de virgem, embora lânguido", anjos caídos, mulheres ingênuas com sensualidade velada, atraentes por serem inacessíveis, que os homens queriam para proteger.
Depois, passou a ser a mulher misteriosa de Machado de Assis, que confunde os sentidos. Perigosa embora doce, anjo e demônio, misto de frieza e gentileza. Que os homens queriam para tentar resolver.
Passou a mulher Lolita, com a sensualidade leve, o batom vermelho e as saias rodadas, um jeito atirado e tímido ainda, mas um pouco mais avançado. Que os homens queriam para agradar aos próprios olhos ciumentos.
Se tornou a mulher boa na cozinha, sala e lavanderia; bonita, educada,em suma uma dama; e na cama um furacão escondido sob as vestes mais castas.
Passou a ser a mulher forte, dona de seu próprio nariz, que ganha o próprio dinheiro, e para quem os homens são companhia, mas vive sozinha muito bem, obrigada.
E passou a mulher que exibe seu corpo sem dó, vai a academia para cultuar ainda mais o corpo sarado, magra e musculosa, exibindo dotes esculpidos a faca. 
Mas também há aquelas que simplesmente não querem se exibir. Não deixam de comer o que querem, não exibem barriguinha de tanque, e não morrem por causa disso. Cuidam do corpo, cuidam também de si mesmas, do carinho, da gentileza, da elegância, da generosidade.São sensuais porque são, vestem e agem como querem, e impressionam todos com seu charme.
E os homens, nestas mudanças todas, se veem perdidos dentre mulheres-fruta, esqueléticas, cabelos artificiais, silicone. Não dá para a mulher que se mostra ao máximo não receber críticas. O que pensaria aquele que visse uma mulher de microsaia e tomara que caia na balada? Sem querer ser machista, eu pensaria besteira. 
Pensamento machista? Bastante. Infelizmente, ainda temos exemplares destes, que ainda por cima são disputados a tapa por mulheres desesperadas. Homens de mente encolhida que tratam a mulher como se ela fosse uma qualquer, esquecendo que cada mulher é única.
E há aqueles que procuram as mulheres pra toda a vida, mas não as acham. Encontram mulheres frias, se vingando de homens que ele nunca conheceu, tratando como qualquer aquele cara legal, esquecendo que cada homem é único.
Hoje sexo está em todo lugar. Nas propagandas, nas conversas, nas roupas, nos hábitos das pessoas. Segundo uma pesquisa, 30% das peças vendidas via internet para garotas nos Estados Unidos são consideradas sensuais demais para a idade. Elas analisaram a frequência de itens que enfatizavam partes do corpo ou tivessem inscrições com conteúdo sexual. De todas as 5666 peças analisadas em 15 sites de venda de roupa, 69% tinham só características infantis; 25% tinham características infantis e sensuais; 4% tinham apenas características sensuais e outros 4% não se enquadravam nem como infantis nem como sexy. (Li na Época aqui).
Tudo hoje gira em torno disso. Mas eu me recuso. Quero comer o que quero, sem ligar se agrado aos homens ou não. Devo agradar a mim mesma! Quero ver gente bonita, mas SAUDAVEL!!!!!! E gente que se veste para si mesmo, e não para se exibir aos outros, numa falsa sensação de bem estar. Que toda mulher tem direito de se mostrar, é verdade. Mas não abuse. Não espere que os outros pensem o que você pensa. Mulher sensual não precisa de excessos. Ainda há julgamentos, e sempre existirá, mesmo com Marchas das Vadias (que eu acho uma ideia bem legal), então aprenda a lidar com eles.
E você, o que acha? Tá me achando puritana demais? Razoável? Manda sua opinião!
Beijitos!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ócio criativo coisa nenhuma!

Olá!

SIIIIIIIIIIIIIMMM, o fantástico retorno do blog!!!
Após 3 meses sem inspiração NENHUMA, zero, totalmente fail, eis que veio um neurônio amigo e falou: VAI TRABALHAR NO BLOG Ô VADIA!!!
hehehehehe
Como estão vocês? Eu estou com friiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooo!!! Eu pensava que Curitiba era fria (e é!) mas aqui a sensação térmica é de muiiiiiito mais frio! Eu crio mil artifícios para me esquentar e não funciona!!! O próximo plano é construir uma ogiva que alcance lava e forme um vulcão aqui!!!! hehehehehe
Bom, fora bater os dentes, estou me acostumando mais aqui. Já localizo mais as lojas e serviços da cidade, consegui descobrir uns lugares interessantes e estou com mais tempo livre do que tinha em Curitiba.
O foda é que eu não sei o que fazer com o tempo livre!!!!!
Vejamos: estudo inglês em casa (The book isn´t in the table, bastard!), monto as aulas que darei no futuro (coming soon), arrumo a casa, faço uma comidinha, até costurar eu tive tempo (eu AMO costurar...sei, brega mas eu curto!). O fato é que termino todas as atividades programadas do dia e sobra tempo! Eu sempre durmo tarde e acordo cedo...De fato que meu dia sobra!
Pensei em aproveitar este ócio para terminar uns troços pendentes...como os contos que coloquei na web, um livro que venho escrevendo na cabeça a tempos, fazer um treino violento de ciclismo (neste frio! claro...), uma dieta vegetariana...
Mas dae vem aquela coisinha lá no fundo dizendo "ah vai não..." e dae vou me enrolando, enrolando...e não faço. Que vergonha.
O fato é que com tanta hora pra pensar, até inspiração pro blog faltou! Queria uma fórmula milagrosa que parasse com isso...
E você? Também sofre com isso? Quando sobra um tempinho, o que vc faz?
Beijos e até breve!!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Adaptação e mimetismo

Oi pessoas!!!

Desculpem a falta de notícias. Como vocês podem imaginar, mudanças dão trabalho!!! E a minha deu mais trabalho do que eu gostaria: móveis, caixas e mais caixas, roupa, itens pessoais...foi bastante coisa, e só ontem (isso mesmo, ontem) eu consegui colocar tudo no lugar...quer dizer, enfiei no armário para triar com mais calma depois hehehehehe
A adaptação aqui está por um lado fácil e por outro bem difícil. Eu e minha mamãe (ai que meigo) não morávamos juntas faz uns 5 anos, e para nós duas é período de ter jeito de cintura. Ceder sempre, às vezes brigar, mas vamos nos entendendo. Minha família também está se acostumando a minha presença todo dia, e eu mesma não sei o que pensar, afinal antes eu passava as noites em casa sozinha, e agora nem quando quero ficar um pouco só eu consigo hehehe
Aqui em Cascavel é muiiiiiiiiiito quente. Ao contrário de Curitiba, aqui tem bastante vento, o que aplaca o calor. Mas as temperaturas são mais altas, e percebo que sinto sede e suo mais que os outros. Além disso, tenho sentido mais fome e dormido mal. Questão de pegar o jeito, mas o trabalho rende pouco nestas condições. Percebi que os próprios cascavelenses sofrem bastante, imagina eu que estava a anos morando em uma cidade fria e úmida em boa parte do ano!
Por estes dias, tenho apenas encontrado minha família e um ou outro amigo. Não tenho tido tempo com a correção da tese para fazer um social nem ir na balada (sertaneja? hehehe). E nem quero, com este cansaço todo. Mas sinto falta de conhecer mais pessoas aqui e me inteirar do que a cidade oferece. Isso me deixa um pouco angustiada, sabe? Eu sinto uma enorme necessidade de me adaptar, mas não tenho conseguido nem mesmo dar conta de mim mesma. A qualificação para minha defesa foi tensa, fiquei exausta e meu corpo está sofrendo bastante.
Nestas de tenta isso e pensa aquilo, eu me dei conta que estava tentando seguir um modelo de adaptação chamado mimetismo. Vai Wikipédia e explica:
Mimetismo consiste na presença, por parte de determinados organismos denominados mímicos, de características que os confundem com um outro grupo de organismos, os modelos. Essa semelhança pode se dar principalmente no padrão de coloração, textura,  forma do corpo, comportamento e características químicas, e deve conferir ao mímico uma vantagem adaptativa.
O mimetismo é comumente confundido com a camuflagem. No entanto, a distinção entre esses processos se dá pelo fato de que o mimetismo consiste na semelhança com um organismo em específico, enquanto a camuflagem ocorre quando determinado organismo possui um padrão de coloração semelhante ao seu entorno, dificultando sua detecção. Apesar de ser uma classificação um tanto subjetiva e sujeita a alguns casos intermediários, podemos perceber que mimetismo e camuflagem constituem estratégias distintas. No caso da camuflagem o organismo evita a detecção, enquanto no mimetismo o organismo é detectado, mas o organismo-alvo o confunde com outro.
Pois é, eu estou aqui me passando por turista. Curitibana.
E na verdade eu devia me camuflar e me tornar uma "cascavelense". Afinal, serei cidadã desta cidade...
Mas quem tem energia para se adaptar com este calor????? heheheheheheheeh
E assim, este post ficou curtinho! hahahaha
Beijos e até breve!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Por enquanto

"Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim, tão diferente...
Se lembra quando a gente 
chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre,
Sem saber que o pra sempre sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.
Quando penso em alguém
só penso em você
E aí, então, estamos bem.
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está...
Nem desistir, nem tentar...
Agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa"

(Por enquanto - Legião Urbana)

Olá!
Este post é uma despedida...
Sabe, eu não gosto de me despedir...Quando sei que vou ter de me separar de quem eu gosto, meses antes eu vou cortando contato, evitando falar. A idéia é que a pessoa sinta cada vez menos a minha falta, e eu a dela. Assim a despedida é mais fácil.
Mas claro que isso é estúpido. Ao invés de manter a amizade, estrago todo o esquema.
Mas não consigo evitar...desculpe!
Bom, eu estou voltando para Cascavel em breve. Vou morar lá, arranjar um emprego legal, cuidar da minha vida um pouco mais (eba terei rotina!!). E vou cuidar de quem eu gosto e sinto tanta falta: pai, mãe, primas, irmã...
Na primeira vez que fui para lá, há 4 anos atrás, eu sabia instintivamente que teria que voltar. Nem fiz questão de me adequar ou me arranjar lá, porque sabia que a volta seria breve. E acabei voltando num ímpeto, que surpreendeu muita gente.
Hoje, é diferente. Eu quero voltar. Sei que talvez no futuro retorne pra cá (vocês já notaram que sou imprevisível?) para um doutorado...mas não agora...quero sossegar, ter meus filhotes e uma cara legal, minha casa, fazer exercício, tomar chimarrão no inverno na varanda de casa ouvindo o vizinho escutando um Sertanojo daqueles...hahahahahaha
É...acho ques esta vida de bar em bar já passou para mim hehehehe
O fato é que nunca aviso antes. Sabe por que?
Porque dói! Deus, como dói ficar longe!
Que falta sentirei de encontrar os amigos e falar daqueles tempos de colégio...Da apertada que a Nana deu na bunda do Rhicardinho, do Ziriguidum, do mico histórico no dia de ir ao Blue Bell, do jogo de volei que perdemos os 3 sets por 23 a 0, aquela luta do Luciano que nem deu tempo de atravessar o ginásio para ver...dos professores, do que faremos no futuro, as combinações de viagens que nunca pude ir, aquele casamento já marcado e aquele que nem noivou ainda...Alguns coxa-brancas provocando os atleticanos e todo mundo se rachando de rir...
Que falta vou sentir de almoçar no RU e ouvir as pérolas de sabedoria do China, falando da água peluda, ou as viagens sem pé nem cabeça quando eu e a Taís escrevemos mais um capítulo da Novela "O despertar de um mestrado", uma verdadeira epopéia mexicana, com direito a vilã de tapa-olho e assombração...Ou se encontrar um certo cara no corredor e descobrir que ele não usa mais blusa amarrada na cintura de tanto enchermos a paciência dele. Ou aquela vez que provocamos o Luiz falando do porte físico e ele ficou roxo de vergonha...e aquela doida da Jana e seu jeito inimitável? Ou ouvir o Paulo elevar a discussão no laboratório para um ponto que não tinha nada a ver e perdemos o fio da conversa...que termina em gargalhadas.
Que falta vou sentir de ir na Igreja e ver meus amigos queridos, e trocarmos confidências na célula, e descobrirmos o quanto somos apegados, mesmo que nos conheçamos há pouquíssimo tempo! De chorar sem medo, de rir abertamente e expressar o que sente.
Que falta vou sentir de alguns amigos especiais, que sabem da minha vida até o que eu nao sei, com quem converso sobre tudo sem censura, que recebo em casa a qualquer hora, com quem tenho uma longa história, mas que no final sempre termina com "Eu amo você!"
Que falta vou sentir de pegar o expresso e ouvir a moça falando "Próxima parada estação... Desembarque pelas portas 2 e 4." De ir num dos muitos shoppings pegar um cinema e ver que cada shopping tem sua tribo característica. De ver cartaz de cachorro-quente escrito "Duas vinas"!!!
De sair de manhã sob sol, de tarde chover litros, de noite fazer frio de bater o queixo.
Do trem saindo pontualmente toda terça e domingo as 8:30 da manhã...
Mas o que mais é legal é que sei que posso, a qualquer hora, voltar aqui e sentir tudo isso de novo.
Por isso estou de volta pra casa...mas não estou de saída da vida de vocês...se ainda quiserem, sempre estarei presente. 
É duro e choro muito, mas vou feliz. Porque amo vocês, e amor assim nunca se apaga.
"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2)
Beijos e até o próximo!
PS: fique atento para as datas das minhas despedidas, hein?
PS 2: COMO TEM DUAS CHORONAS NO MEU MSN, EU QUERO ABERTAMENTE DECLARAR QUE O TRECHO QUE FALA DE "AMO VC" SE REFERE A MI, PATY, NANA, FREDDY, KELLY E RHICARDINHO.
Olha o que eu não faço por vcs!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O preto, o branco e o arco-íris


Olá!
Esta semana quero comentar sobre um filme.
Raramente eu assisto filmes indicados ao Oscar. Sou daquelas que suspeita de elogios demais. Lembro de ter visto uma vez uma crítica sobre um filme indicado, e ao assistir notei um total desgaste de enredo. Em suma, odiei o filme. A mesma crítica detonou outro filme, e ao assistir saí suspirando de feliz, porque adorei tudo.
Então imaginem como fiquei desconfiada ao ver críticas ao “Cisne Negro”. Não curto balé, e não conhecia a história, mas o trailer me chamou a atenção. De tanto vê-lo, comecei a ficar obcecada, querendo a todo custo ver o filme todo.
Mas, antes disso resolvi relembrar. Lembrei do que conhecia sobre cisnes. Além da história original do patinho feio, lembrava de tê-lo visto em algum lago da cidade. Deslizando pela superfície, com a cabeça baixa, uma atitude que parecia humilde em seu pescoço curvilíneo. As asas longas encolhidas ao corpo pareciam de algodão. Um animal gracioso, etéreo, um reflexo de beleza casta e sábia da natureza.
Mas de repente eis que abriu as asas, e se revelou a majestade. Ergueu imponente a cabeça, e sua postura vencia qualquer rigidez. As asas enormes o elevaram sem esforço, e ele voou como se fosse feito do próprio ar.
Fiquei sem fôlego. Acho que por isso o cisne inspirou o balé. Assim, assisti ansiosa o filme.
E saí em estado de choque. Claro que o filme teve 50% do efeito, mas o fato de eu me ver ali na telona me deixou pasma. Semana passada falei sobre o equilíbrio entre o amargo e o doce da vida. Mas ali eu via o frágil equilíbrio entre o bem e o mal que existe dentro de cada um.
Eu tenho uma Patrícia “lado negro”, digamos assim, dentro de minha psique. Ela é debochada. Irônica. Usa roupas rígidas, olha de canto de olho para você. Com seus lábios pintados de cor escura, um cigarro no canto da boca, ela faz você se sentir um imbecil. Ela te humilha, ela nem faz caso de você. Procura suas feridas e as rasga sem dó. Ela não sente nada. Ela está acima de você. E de mim. Ela é vulgar, sem moral nem escrúpulo. Rouba e engana, exige e não paga. Eu a olho com pena. Ela é tão carente de amor verdadeiro que se protege em couraças, fazendo de conta que sempre ganha. É realmente um espetáculo bizarro.
Ver na tela a frágil bailarina encontrar sua versão negra é algo assustador. Mas se identificar é pior.
Quantas vezes durante estas semana sinto aquela Patrícia negra me agarrar e me puxar, querendo meu sangue? Às vezes vindo a tona, querendo que eu deixe de ser esta mulher com a saúde fragilizando, a mente girando e a alma em frangalhos. Ela não precisa disso, logo eu também não.
Ironicamente, meu pior inimigo mora dentro da minha mente, me torturando, me enchendo de culpa por não fazer meu trabalho corretamente, me acusando de fazer pouco caso, me exigindo perfeição, me acusando de ser uma vadia. Quando acordo ela ri dentro da minha alma, dizendo “E aí, vai trabalhar ou vai fingir que gosta de estar lá, com a bunda na cadeira, fingindo que vai ser alguma coisa na vida? Se acha esperta é? Fique em casa...”
Mas eu vou. A tortura continua. Ela me diz que está com fome e me tenta a comer algo caro, mas me joga na cara que não tenho dinheiro, porque a bolsa de estudos o governo não pagou, e quem escolheu esta vida miserável foi eu. Me fala da possibilidade de viajar, mas você não tem dinheiro! Me fala de receber um abraço de algum cara gentil e carinhoso, que te ama de verdade, mas há! Isso não existe sua trouxa! Eles só querem aquilo que sempre querem!
Fala aos meus ouvidos, sussurando, que as pessoas só me suportam, e que todos têm pena de mim. Para que trabalhar nesta porcaria? Ela não te leva a nada. E você nem consegue fazer direito.
Aí mando ela calar a boca, e ela ri da minha cara.
Assim, minha mente gira. Às vezes penso se não estou enlouquecendo. Não vale a pena. Mas quem decide o que pode ou não? Sou eu? É ela?
Me agarro em Deus e Ele me consola. Na minha imperfeição, eu tento continuar. E vou aos poucos. Mas confesso que quero terminar de uma vez esta tese e sumir daqui, antes que seja tarde. Quero ver o arco-íris!
Assim, quando ver meu silêncio, não estranhe. Estou batendo boca comigo mesma.
Beijos a todos!




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O fel e o mel

Olá!

Sim, faz mais de meses que não escrevo.
Nem preciso dizer que se trata da dissertação de mestrado, me sugando por todos os poros.
As boas notícias são que comecei, a partir de setembro, a ter resultados significativos. Mas com pouco tempo em frente, todas as minhas energias foram direcionadas ao trabalho.
Assim, qualquer linha escrita era de dissertação, qualquer idéia era de trabalho e qualquer descanso era luxo.
As más notícias é que desde então só tenho feito isso, e até agora não consegui parar, porque meus resultados são bem inconclusivos.
Deixemos isto de lado. Não é o que quero falar.
Bom, há mais ou menos uma semana tenho pensado num post com o título do post de hoje.
Você sabe o que é fel? Pelo Sr. Aurélio, diz que:
FEL: substantivo singular masculino. Fel é a bile (líquido verde-escuro) do fígado animal com sabor muito amargo. Como adjetivo masculino, se refere a algo amargo, acre.
E mel? Bom, acho que você sabe. Algo doce, muito doce, de validade infinita (sabia que mel bom não estraga?).
O que mais me surpreendeu quando escrevi este post é que houve coincidências entre o fel e o mel:
3 letras.
São produtos de origem animal.
São usados com adjetivos.
Terminam com EL. O sufixo EL se refere a coisas divinas. Por isso que muitos nomes bíblicos terminam com EL (Rafael, Gabriel, Miguel...).
E o mais maluco é que estas duas coisas são totalmente opostas e ao mesmo tempo precisam uma da outra.
Você já provou fel? Ah já. Aquele gosto amargo, de derrota, de cansaço, de choro, de lamento. Aquela sensação acre no peito, um sufoco, um grito ecoando na alma. Você nunca deve ter bebido o fel, mas algo amargo pra valer você já deve ter comido, e duvido que repetiu com prazer.
E o mel? Aquela conquista maravilhosa, aquele sorriso de satisfação, aquele grito de alegria, o abraço da vitória. Aquele gosto de coisa boa, de júbilo, de gratidão, de amor. Você já deve ter comido mel, e deve até gostar, mas duvido que tenha comido quilos dele numa tacada. Você come e de repente enjoa. É doce demais.
Onde quero chegar?
Bom, eu disse há muito tempo para Deus: "Senhor, me traga problemas. Muitos deles. Porque sem eles minha vida será sem graça, e nunca saberei se sou forte quanto penso que sou."
E, de fato, desde então as provações tem sido uma atrás da outra, em sucessão, ora alegrias, ora lágrimas.O carrossel de emoções sempre girando.
Eu fico triste quando estou no limiar das minhas forças. Choro, me descabelo, oro, como chocolate. Mas penso que uma hora acaba. Me esqueço às vezes deste fato. O Pra sempre sempre acaba (R.R.). 
Da mesma forma, o lado bom também tem dias contados. Aproveito estes momentos de paz sem me lembrar às vezes que eles passarão. Ao invés de aproveitar cada minuto, olho para aquilo como se fosse espectadora, não como atriz principal.
Estas semana pensem em como duas palavras tão parecidas resumem tudo que se passa nas nossas vidas. Ora comemos mel, ora tomamos fel. Sem o fel, enjoamos da parte boa da vida. Nos entediamos, não aproveitamos ao máximo. E sem o mel não suportamos, não queremos mais viver.
Eu estou no fel com um toque de mel...e acho que ficarei nesta muito tempo. Mas acho ótimo. Porque aprendo muito.
E você? Está no amargo ou no doce?
Beijos