quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Em Itajaí...

Bom prometi e vou cumprir: vou escrever sobre o dia de hoje.
Itajaí é um lugar adorável. O povo é bonito e caprichoso. Garotos e garotas sempre andando bonitos, arrumados e perfumados. Uma coisa. Muita pele bronzeada, sotaque lindo, enfim...E povo despachado esse! Conversa, dá risada, pergunta da tua vida...Uma graça mesmo.
Aqui tem umas coisas engraçadas também. Achei uns 5 terrenos baldios, e em todos tinha um sofá abandonado! Coisa mais engraçada!
Aproveitei um intervalo no almoço pra conhecer até onde aguentava minhas pernas. Resolvi conhecer o porto. Andei muiiiiiiiiiiiiiiito até chegar lá. Caraca, como é grande!!! Fiquei impressionada. No caminho ainda fotografei uma igreja gigante muito linda e de bobeira achei um herbário que é especializado em publicações com palmeira!!! Nossa que sorte!!
Ainda sobrou um folego e fui no shopping daqui comprar um sorvete. Olhei uma vitrine e achei um presente ideal pra minha irmã. E o preço melhor que Curitiba! Aliás, o mercado aqui é ótimo! Tudo é mais barato!!! Isso foi muito bom, porque para comprar o presente da Andressa tive que poupar o cofrinho e comer na janta miojo...Que por sinal fiz no quarto, graças ao tio da portaria! Eles são uns fofos neste hotel: entrei com um montão de comida e ninguém falou nada...
Outra coisa que infelizmente não curti é que aqui o transito é horroroso!!! Cadê as bicicletas?? Aqui andar de bike é bem melhor, mas só vejo carros e congestionamentos!!! Um caos total. O clima aqui é doido também: chove de manhã, um calor infernal de tarde, muito abafado e quente, e agora está nublado e a montanha coberta de neblina. Uma caracteristica bem curitibana, por sinal.
Outra coisa interessante é aqui te colocam pra trabalhar. Ninguém fica só olhando não...Tive que trabalhar muiiiito hoje, mas aprendi muito também...
Bom vou descansar que andar 15 km é fogo e amanhã tem mais!
Beijos!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Os sonhos e as esperanças

Oie!!!

Estou atrasada esta semana nos post devido a um fator importantíssimo: apresentei meu projeto de mestrado para a banca do departamento!!! E hoje escrevo diretamente de Itajaí - SC, mais precisamente da Univali...
Semana passada foi um período maluco. Fazia a apresentação, revia, corrigia, refazia, revia, corrigia, refazia...Achava erro no projeto, erro na minha fala, erro na postura...Dormi mal...enfim, toda aquela tensão...Eu estava há duas semanas preparando a apresentação. Na semana anterior e nesta, treinamos, eu e alguns colegas. Eu treinei com a Taís, minha super parceira, com o Alceu, com a Janaína, com minha orientadora e o pessoal fofíssimo do laboratório...Várias vezes. Fiz até um power point especial de coisas que não devia esquecer para passar enquanto estava jantando ou relaxando em casa. O pior é que nestes dias eu fico surtada, e surtada eu fico CHATÍSSIMA!!!! Como o pessoal me aguentou é uma incógnita.
Mas teve coisas bem legais nisso tudo. Uma das coisas é que meu projeto foi bem recomendado!!! Ai fiquei tão feliz!!! Todo mundo teve aprovação, várias pessoas chatas que metiam críticas de graça calaram a boca, um conheceu a fundo o trabalho do outro...Genial mesmo!!!
Outra coisa legal é que o apoio dos colegas, e a crítica construtiva são importantes. Graças aos comentários do pessoal, arrumei várias coisas e estudei outras que caíram. E algumas perguntas que eu fiz ajudaram o pessoal. O melhor caso foi do Alceu: tudo que perguntei pra ele no ensaio a banca avaliadora perguntou!!! Nós ficamos tão surpresos e felizes!! Ele mandou super bem.
Como ninguém é de ferro, fomos comemorar, eu e alguns amigos. Foi um momento muito bom, porque a partir de agora vamos nos encontrar cada vez menos, já que não fazemos disciplinas juntos. Mas o que percebi é que amizades de verdade não mudam, só melhoram.
Agora estou mais disposta do que nunca no meu trabalho. Fui convidada por um prof. aqui da Univali para fazer uma disciplina especial e treinar a análise. E vou me dedicar ao máximo porque quero nos próximos posts contar boas novas. Como é uma ocasião especial, vou postar uma vez por dia, pra contar como é aqui.
A primeira coisa: esse povo é muito simpático!!! O taxista me deu desconto quando soube que eu só tinha 25 reais pra pagar o táxi até o hotel (teria ido de onibus se soubesse andar aqui dentro, porque era longe pra caramba!). E me deu dicas sobre lugares para comer, passear...um amor!!! Cheguei no hotel e soube que eu era a única mulher hospedada! O mais bonitinho é que os tios da portaria me adotaram! Me explicaram por 20 minutos todos os esquemas do hotel, arranjaram edredon, ajustaram a Tv a cabo, deram desconto no lanche (cheguei tarde e faminta!!!!). O hotel é simples, mas muito gostosinho...e dá pra ver o porto da janela. Praia? Não tem...só o mangue e o porto de barcos pequenos, a umas 6 quadras do hotel...Mas nem quis saber: levantei bem cedo, tomei café correndinho e fui pra beira mar sentir aquele ar salgado que lava a alma da gente.
O mais biruta e fofo daqui é que todo mundo aqui te dá bom dia: o gari, o vendedor de jornal, um estranho, o pescador...Fiquei boquiaberta e com vergonha! A cidade também é limpa e linda, cheia de casas de estilo alemão. E cheia de palmeiras jussara espalhadas em todos os lugares!!! Nos quintais, na avenida, no campus...nunca via tantas!!! O Paraná está em dívida neste requisito!!!
Outra coisa muito doida é que os homens aqui não são acanhados que nem Curitiba, mas são super cavalheiros. Explico: fui passar numa passarela cheia de areia e entrou nas minhas sandálias. Um cara me viu tirando a areia e se ofereceu para segurar a minha bolsa. Aceitei e quando terminei agradeci. Ele olhou pra mim e disse: belas damas como tu não devem pisar neste chão imundo, devem pisar em rosas... Fiquei roxa, agradeci de novo e saí com aquele sorriso na cara...hahahahahahaha!!!
Mais tarde falo como foi o dia...agora vou procurar o prof. e conhecer melhor o campus...Té mais e beijos!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Como entrar no mestrado - o bem antes (2)

Olá!
No post anterior eu tinha falado sobre como entrar no mestrado, começando pelo cursinho e nossas escolhas. Como é terrível fazer isso sem experiência e certeza.
Escolhas...
O que é escolher?
É ir por um caminho que a gente se sente seguro, ou pelo menos amparado. É a saída que recebe menos crítica de nós mesmos, e dos outros. É procurar lanternas acesas em uma mente escura de dúvidas.
Talvez seja por isso que tenho pensado muito sobre o poder da crença. Não me refiro a fé no sentido espiritual, mas na crença em si mesmo.
Não sei se é impressão minha. Vejo depoimentos e histórias dos mais antigos, e me surpreendo de ver o quanto nos amarramos ao nosso poste diário de medo. Os antigos fugiam para casar, entravam em profissões que a família não gostava para conhecer o mundo, ou largavam o sítio em busca da vida na cidade grande., ou atrás da fama. E quando penso nisso acabo só lembro da parte trágica, da viagem que não deu certo, do casamento que não foi bom, da fama efêmera. Acho que quem nos conta essas histórias esquece das partes boas e tenta nos vacinar para que não façamos aquilo que ele fizeram. Sem perceber que talvez essa fuga é justamente o que a gente precisa. De crença em si mesmo para fazer loucuras com os rumos de nossa vida.
Parece hoje que existe uma cultura silenciosa do não fazer o que você sabe que PODE dar errado. Não case se você recebe críticas dos outros. Não entre no mestrado se ele não vai te dar retorno financeiro. Escolha a faculdade que te dá emprego. Não pense por si próprio, ou o professor irá te criticar. Uma cultura bovina.
E onde entra o cursinho nisso?
É um lugar especial, na minha opinião. Lá você vê como a cultura de perseguir sonhos e seguir a boiada se chocam. Tem gente lá estudando para entrar na profissão dos sonhos. E tem gente lá que está lá porque é o fim da linha, o último ano de colégio. Hora de amadurecer, meu caro.
Mas foi no cursinho que encontrei a real definição de limite.
Limite físico, quando você não aguenta mais estudar mas precisa. Limite psicológico, porque você não vai morrer se não passar na primeira vez mas vai ficar magoado ao extremo. Limite de tempo, porque o ano corre depressa.
Mas acho que o maior limite é pessoal. Ali estão todas as pessoas diferentes imagináveis. Muita gente. Você se depara sendo um entre tantos. Para quem está sempre nos holofotes, quando chega no meio desse rebanho de gente é um choque.
O que fazer?
Ousar. Ser você mesmo. Cultivar amizade quando e onde der. Fazer graça na saída, rir da piada na aula. Com o coração. Mas sobretudo ir onde quer ir. Se é fazer medicina, engenharia, bioterapia, robótica, biologia. Mergulhar. Afinal, boi não sabe mergulhar, então não seja um.
Acho que aprendi por anos o que o cursinho me deu em dias. Porque de repente eu estava fazendo amizades com gente de todos os lugares, mas isso não significa que elas iam durar. Então aproveitávamos como se fosse o último dia. Conhecia a profissão que me esperava, sabendo dos riscos e das qualidades. Projetava formaturas. Esperava um mundo belo. Para conhecer o inferno e o céu juntos, ao entrar na faculdade para a Aula Magna. Acho que se não tivesse vivido o cursinho até o limite não teria tido forças para ir em frente depois...
E o que aconteceu depois?
Só no próximos post...até breve!