domingo, 4 de outubro de 2009

Festas estranhas, conclusões mais ainda

Olá!

Venho hoje falar de algo que faz parte da vida de muita gente, e que adoro: baile de formatura!
Fui no baile de formatura da Biologia neste sábado. É um espetáculo de alegria, de gente bonita, de cores e sons.
Para mim em especial esta festa foi bastante diferente.
Eu sempre gostei de admirar as festas que ia, sentada num canto, vendo as pessoas conversando, rindo, bebendo. É interessante, e é um jogo de olhares. Todo mundo sabe que está sendo visto. E muitos apelam pro álcool para se soltar, perder a vergonha e fazer o que quer. É divertido ver todo mundo interagindo, as brincadeiras, e as outras coisas.
Mas o que realmente me marcou nesta festa foi a quantidade de gente com expressão triste. sozinhas, sentadas olhando as pessoas se divertindo, ou em pé dançando sozinhas, muitas pessoas com aquela carinha triste. Parece que essas pessoas tem um repelente de gente, uma carga negativa que afasta as demais, mesmo quando quer ficar do lado, pulando, dançando e sorrindo. Isso me deixou sem palavras. É tão triste...Triste por que já me senti assim, inclusive nesta festa. Amigos por quem tenho a maior consideração mal falaram comigo. Amigos que só falava uma ou duas coisas me abraçaram, perguntaram como eu estava. Mas o que mais me marcou foi quando encontrei a Kely, figura carimbada da Bio. Ela me disse: "Eu sempre leio suas histórias (via email). Não respondo, mas eu leio!" Caramba! Eu fiquei com o coração aquecido por isso. Por ter encontrado pessoas que mal me recordava me cumprimentando e me abraçando. Enquanto outros que vivo falando nem dando bola...Que engraçado...que ironia...quantas vezes devo ter dado atenção a quem não merecia? Tentando animar as pessoas, mas na verdade pagando de ridícula. Mas é meu jeito. Não dá pra ser diferente. Acho que gente autentica assusta as pessoas. Era o que eu concluía. Talvez eu não tenha o carisma, o charme, fique parecendo uma nerd de óculos fundo de garrafa com tique de riso, que nem filme americano. Mas não posso deixar de ser quem sou. Sei que muitas vezes alguns rótulos me perseguem, sobretudo no ambiente da Bio. Mas somos adultos. Devemos deixar falsas imagens para trás. Nem todos gostam da gente como a gente merece. Eu sei que mereço muito carinho e atenção. É uma pena apenas eu esperar isso de todos que conheço...
Eu acho que essa formatura, um rito de alegria de alguns, foi fonte de muitas experiências para muitas pessoas. Para mim mostrou algo muito sério: as convenções que a gente se prende. Eu contra a vontade estou presa a uma convenção que me prejudica, que infelizmente, assim como esse texto, vai ser mal incompreendido. Mas e daí? Só mandando para os outros lerem que vou saber quem se importa de verdade, né Kely?
Beijos a todos com carinho

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